sábado, 5 de julho de 2008

Cantinho Jovem

A Sociedade e o pensamento
Nesta época de férias, em que supostamente tem-se mais tempo livre e dado o pensamento simplista da sociedade contemporânea em que vivemos, é urgente reflectir sobre a nossa conduta e sobretudo na nossa forma de pensar.
A sociedade actual é constituida por diversas instituições sociais (família, escola, igreja, meios de comunicação social), que influenciam a nossa forma de pensar e agir. Todavia, muitas destas instituições na sua incapacidade de ensinar e demonstrar como pensar bem, preparam as pessoas para pensarem de forma simplista.
Ma afinal o que é isto de pensar de forma simplista? É dar por adquirido que, se toda a gente pensa isto ou faz aquilo, isto e aquilo devem ser normais e correctos. Estas meias-verdades / simples mentiras, servem para manipular-nos e fazer-nos reféns, tanto psicológica como espiritualmente.
A maior das mentiras promovidas por diversas das nossas instituições sociais - e que em certos aspectos vem de encontro à nossa natureza humana e ao nosso pecado de perguiça - é que viemos a este mundo para andarmos permanentemente contentes. Com a fita do lucro, as mentiras do materialismo e da publicidade sugerem que se não estamos felizes, confortáveis e realizados é porque não andamos a fazer o que os outros fazem.
Naturalmente que as pessoas são diferentes, no entanto, muitas delas tomam as suas decisões baseadas naquilo que a sociedade diz "normal". Não ponderam sobre o assunto e na ânsia de se sentirem integradas, ficam reféns de mentiras e manipulações dos mass media, de modo a poderem acreditar que não são diferentes dos vizinhos e que "a sua galinha é tão boa como a da vizinha". Para tal, são capazes de consumirem bens que excedem as suas capacidades financeiras, ainda que as coloque em situações de aperto e com dívidas a longo prazo.
Concluindo, sentimo-nos muitas vezes "entre a espada e a parede": por um lado somos apanhados entre exigências da conformidade, e por outro lado, dado o nosso livre arbítrio, temos o poder de decidir se queremos ou não libertar-nos do pensamento de grupo convencional. Não esqueçamos que dispomos da capacidade de pensar de forma autónoma e de não viver de acordo com os ditados simplistas da sociedade actual.

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