segunda-feira, 5 de julho de 2010

Descobrir-nos


"Em virtude da graça que me foi concedida, eu peço a cada um de vós que não tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que convém, mas uma justa estima, ditada pela sabedoria, de acordo com a medida da fé"

Rm 12: 3 - Bíblia de Jerusalém


Olhar os outros e descobrir os seus erros e defeitos, ou até mesmo as suas virtudes, parece ser bem mais fácil do que olhar para nós mesmos e encararmos aquilo que menos gostamos em nós: os nossos defeitos.

Há uma grande dificuldade entre a maioria das pessoas, no que diz respeito a uma correcta auto-avaliação; alguns sentem-se medíocres demais, incapazes de ser ou de realizar algo, encarnando o síndrome de Gideão: "...ai meu Senhor!!! A minha família é menor, a menos favorecida da nossa tribo, eu sou o menor, o último na casa do meu pai, sou da tribo de Manassés...". Pensam sobre si mesmos muito menos do que deveriam, e subestimam o seu potencial.

Outros sofrem do síndrome de Absalão. Acham-se sempre auto-suficientes, melhores do que os outros, capazes de realizar o que bem entenderem, mas são incapazes de se auto-avaliarem de uma maneira correcta, de terem uma imagem real de si mesmos e, por isso, super estimam o seu real potencial.

Digo isto ao observar a atitude de centenas de pessoas. Temos sempre a tendência de avaliarmos o outro, o irmão, o colega de trabalho, o companheiro de ministério e as suas atitudes com as suas ovelhas, e o maior problema é que, na maioria, não só vemos os problemas, erros e defeitos, mas surge o espírito maligno da crítica sem propósito, ou com o propósito de tentar ofuscar ou até de apagar a luz do nosso irmão, para que a nossa venha sobressair-se.

A autocrítica faz bem à alma, faz bem ao espírito, faz bem ao corpo e faz bem às relações interpessoais.

Saibamos descer um pouco do nosso pedestal, ou levantemos a cabeça e descubramos o nosso real valor. Vamos avaliar-nos. Melhorando o conceito que temos de nós mesmos, descobrindo o conceito que Deus e as outras pessoas têm de nós.
Deixemos de nos preocupar tanto com aquilo que não nos traz felicidade, procuremos o bem em TODOS, elevemos as nossas palavras, obras, acções a Deus. Só ele importa.

"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus"

In Jornal Aleluia de Novembro de 2002 por Eliã Marcos Caetano

1 comentário:

Leandro disse...

"Nao somos do tamanho que somos, mas sim do tamanho daquilo que vemos