sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Esta noite rezei um Pai Nosso diferente

Eu: Pai nosso que estais no céu...

Deus: Sim, estou aqui.

Eu: Por favor, não me interrompas, estou a rezar!

Deus: Mas chamaste-me!

Eu: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou a rezar. Pai Nosso que estais no céu...

Deus: Lá está, chamaste-me de novo.

Eu: Fiz o quê?

Deus: Chamaste-me! Disseste: "Pai nosso que estais no céu". Estou aqui, como é que posso ajudar-te?

Eu: Mas eu não quis dizer isso. É que estou a rezar. Rezo o Pai Nosso todos os dias, sinto-me bem quando rezo assim. É como se fosse um dever, não me sinto bem sem cumpri-lo.

Deus: Mas como podes dizer "Pai Nosso" sem te lembrares que todos são teus irmãos? Como podes dizer "que estais no céu", se não sabes que o céu é paz, que o céu é amor para todos?

Eu: Pois... Realmente não tinha pensado nisso.

Deus: Mas prossiga a sua oração.

Eu: Santificado seja o vosso nome...

Deus: Espera aí! Que queres dizer com isso?

Eu: Quer dizer, quer dizer..., é... sei lá, faz parte da oração, só isso!

Deus: Santificado significa digno de respeito, santo, sagrado.

Eu: Agora percebi, mas nunca tinha pensado no sentido desta palavra "Santificado"... Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu...

Deus: Estás a falar a sério?

Eu: Claro, porque não?

Deus: E o que fazes para isso acontecer?

Eu: O que faço? Nada, é que faz parte da oração e, além disso, seria como se o Senhor tivesse controlo de tudo o que acontece no céu e na terra também.

Deus: Tenho controlo sobre ti?

Eu: Bem, eu frequento a Igreja!

Deus: Não foi isso o que perguntei. Como tratas os teus irmãos, a maneira como gastas o teu dinheiro, o muito tempo que dás à televisão, as modaa que segues e o pouco tempo que me dedicas a mim?

Eu: Por favor, pára de me criticar...

Deus: Desculpa, pensei que me estavas a pedir para que fosse feita a minha vontade. Se isso acontecer, tem que ser com aqueles que rezam, que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade, os amigos, os irmãos...

Eu: Está certo, tens razão, acho que nunca aceito a Sua Vontade, peço sol, reclamo do calor. Se manda frio, continuo a reclamar. Se estou doente, peço saúde. Se me dá saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como demais...

Deus: Que bom reconheceres isto tudo. Vamos trabalhar juntos Eu e tu. Mas, olha: vamos ter vitórias e derrotas também. Estou a gostar desta tua nova atitude.

Eu: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração está a demorar muito mais do que costuma ser. Vou terminar: o pão nosso de cada dia nos dai hoje...

Deus: Pára aí, estás a pedir o pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedirem pão, lembra-te daqueles que nem conhecem pão. Podes Me pedir o que quiseres desde que me vejas como um Pai amoroso. Estou interessado na nossa próxima parte da oração. Continua...

Eu: Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

Deus: E o seu irmão desprezado?

Eu: Estás a ver? Olha Senhor, já me criticaste várias vezes e não era verdade o que dizias. Agora não consigo perdoar. Preciso vingar-me.

Deus: Mas, e a tua oração? O que quer dizer a tua oração? Chamaste-me, eu estou aqui. Quero que saias daqui transfigurado. Estou a gostar de ti, porque estás a ser honesto. Mas, não é bom carregar o peso da ira dentro de nós, não achas?

Eu: Acho que iria sentir-me melhor se me vingasse!

Deus: Não vais não! Vai te sentir-se muito pior. A vingança não é tão doce como parece. Pensa na tristeza que me causarias. Pensa na tua tristeza. Agora, eu posso mudar tudo por ti. Basta quereres.

Eu: Pode? Mas, como?

Deus: Perdoa o teu irmão. Eu te perdoarei e te aliviarei!

Eu: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo!

Deus: Então, não me peças perdão!

Eu: Mais uma vez estás certo. Mais que vingar-me, quero a Paz com o Senhor. Está bem, está bem. Eu vou perdoar todos, mas ajude-me, Senhor. Mostre-me o caminho certo a mim e aos meus inimigos.

Deus: Isto que me pede é maravilhoso, estou muito feliz. Como te estás a sentir?

Eu: Bem, muito bem mesmo. Para falar a verdade, nunca me senti assim! É tão bom falar com Deus... E não nos deixei cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

Deus: Óptimo, vou fazer justamente isto, mas não te ponhas em situações onde possas ser tentado.

Eu: O que quer dizer com isso?

Deus: Deixa de andar na companhia de pessoas que te levam a participar de coisas que não deves, como intrigas e mexericos. Abandona a maldade, o ódio... Isso tudo vai levar-te para o caminho errado.

Eu: Não estou a perceber!

Deus: Claro que percebes! Já fizeste isso várias vezes. Entras no erro e depois corres a pedir-me socorro.

Eu: Como estou envergonhado!

Deus: Pedes-me ajuda, mas logo em seguida voltas a errar de novo para mais uma vez vir a fazer negócio comigo!

Eu: Estou com muita vergonha! Perdoa-me, Senhor!

Deus: Claro que te vou perdoar! Sempre perdoo quem perdoa também, mas não esqueças: quando me chamares, lembra-te da nossa conversa, medita cada palavra que falas. Termina a tua oração.

Eu: Terminar? Ah sim, "Amén"!

Deus: O que quer dizer com AMÉN?

Eu: Não sei, é o que se diz no final da oração.

Deus: Só deves dizer "Amén" quando aceitas tudo o que eu quero, quando concordas com a minha vontade e quando segues os meus mandamentos, porque "Amén" quer dizer ASSIM SEJA, concordo com tudo o que rezei.

Eu: Senhor, obrigado por me ensinares.

Deus: Eu amo cada um dos meus filhos, principalmente aqueles que querem sair do erro... Abençoo-te. Fica na minha Paz!

Eu: Obrigado, Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.

Deus: QUE ASSIM SEJA!

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